Sonho! Mar de desejos, vislumbres, anseios, universo de imagens, tiragens ilimitadas, edições não censuradas do prazer. Prazer de fazer acontecer. Ser sem precisar ter. Ter liberdade pra viver. Viver sem nada reter. Sonho! Flashes, fachos de luzes, reflexos, reversos do eu, do eu no avesso, do avesso do olhar, da imagem do avesso. Sonho! Reminiscências, complexo de carências, arquétipo da inconsciência. Sonho! Movimento involuntário do pensamento, princípios, valores, regras e delatores da culpa arrastados pela força do vento. Vento onírico que proclama alforria de impulsos da libido e liberta desejos encarcerados nos calabouços do recalque. Sonho! Tratado de paz com os verdugos da consciência. Consciência, campo minado desativado pelo ato de sonhar. Sonhar! Ah! Sonhar...Imaginar, criar, andar, desentrincheirar idéias, romper conceitos e preconceitos, transpor o inimaginável. O olhar de quem sonha rompe fronteiras, sobretudo, as delimitadas pelo medo. Medo de ser, fazer e acontecer. Ser é Sonhar, estreitar o espaço entre irreal e real, entre abstrato e concreto, entre ideal e factível.







