O olhar do cego. O olhar do cego? Sim, o olhar deste que não vê. Que não vê o mundo que vemos, mas que vê o mundo que não queremos ver. Mas, como? Como se pode ver sem enxergar? Como alguém que vive na escuridão, pode ver além de alguém que a tudo pode ver? Tudo? Tudo pode ser quase nada na imensidão do universo do ser. Ser, mas ser no avesso. Aquele do avesso do olhar, da imagem do avesso. Aquele ser que até um cego pode ver, mas, que nos fazemos cegos para não ver. Ver ou não ver? Eis a questão! Quando se trata do próprio ser, melhor cego ser, do que ver o ser que é sem querer ser. Mas como pode o cego ver o ser que é negado? Negado! Eis a resposta. O que não quero ver, até um cego pode ver. Na verdade, o cego me olha e eu é que me vejo. Vejo-me através do olhar do outro. Mesmo que o outro nada enxergue do que muitos podem ver. Outro olhar revela o outro que nem todos podem ver. Somos como cegos quando não olhamos para nós mesmos com a devida honestidade. Colocamos vendas em nossos próprios olhos e andamos tateando na escuridão da nossa covardia, esbarrando e tropeçando em nosso autodesconhecimento. Apagadas as lâmpadas da autoconsciência, acendemos os refletores da hipocrisia, andamos na penumbra da superficialidade até nos encontrarmos em densa escuridão. Assim como cegos vivemos, olhando para nós mesmos sem nos enxergarmos.
terça-feira, 25 de setembro de 2007
Primeiros Olhares
Não há nada tão puro quanto o olhar de uma criança.
É um olhar que absorve, que introjeta, que constrói, que interpreta, que transforma dados em pensamento, pensamento em sonhos e sonhos em realidade, realidade no avesso, no avesso do olhar, na imagem do avesso. É o olhar que modela é o olhar que revela o mundo no avesso, o mundo do avesso, do avesso do olhar, da imagem do avesso. São milhares de estímulos, que em fluxo intenso e contínuo, se alojam, se deslocam em desordens sinapses, riscando o universo psicofisiológico, traçando o esboço, nem sempre tão lógico, desenhando as bases do ser. Ser que será ser do olhar. Do olhar que é visto. Do olhar que vê. Que vê como foi visto, traduzido no avesso. No avesso do olhar, na imagem do avesso.
Íntimo desconhecido, parceiro ambíguo é o olhar que se vê. Que se vê no olhar do outro, que se vê no próprio olhar. Olhar que separa e aglutina, istmo entre tu e eu. Eu no avesso, no reverso do olhar, na imagem do avesso.
É um olhar que absorve, que introjeta, que constrói, que interpreta, que transforma dados em pensamento, pensamento em sonhos e sonhos em realidade, realidade no avesso, no avesso do olhar, na imagem do avesso. É o olhar que modela é o olhar que revela o mundo no avesso, o mundo do avesso, do avesso do olhar, da imagem do avesso. São milhares de estímulos, que em fluxo intenso e contínuo, se alojam, se deslocam em desordens sinapses, riscando o universo psicofisiológico, traçando o esboço, nem sempre tão lógico, desenhando as bases do ser. Ser que será ser do olhar. Do olhar que é visto. Do olhar que vê. Que vê como foi visto, traduzido no avesso. No avesso do olhar, na imagem do avesso.
Íntimo desconhecido, parceiro ambíguo é o olhar que se vê. Que se vê no olhar do outro, que se vê no próprio olhar. Olhar que separa e aglutina, istmo entre tu e eu. Eu no avesso, no reverso do olhar, na imagem do avesso.
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